jueves, diciembre 07, 2006

Ciência vs. Arte


Com o avanço da tecnologia e da efemeridade ideológica, o apogeu da lógica prima hoje em dia sobre a sensibilidade artística e literária. Os best-sellers já não promovem o rigor do idioma como fazia Camões, Shakespeare ou Cervantes, e sim uma linguagem básica e adequada sobre os problemas sócio-económicos para o leitor -prático e sempre informado- actual, não perder tempo em palavras doutas.

À medida que os anos passam, e em que um se adentra cada vez mais em conceitos científicos, torna-se perito nas matemáticas e nas físicas, mas vai porém embrutecendo à medida que a sensibilidade e subjectividade emocionais vão sendo trocadas pela objectividade lógica. O lado esquerdo do cérebro vai adormecendo para dar lugar ao reinado do lado direito do mesmo.

Eu assumo-o, visto que de tudo faço para manter a sinergia de ambas tendências, e quem sabe um dia, passe de ser apenas um conceito insigne para uma ideia práctica, envolvendo-me nalgum projecto pioneiro, quem sabe...


Escola de Atenas - fresco de Rafael Sanzio, com cerca de 7,7m na base, pintado entre 1509 e 1510 na Stanza della Segnatura sob encomenda do Vaticano.

A obra é um fresco em que aparecem ao centro Platão e Aristóteles. Platão segura o Timeu e aponta para o alto, sendo assim identificado com o ideal, o mundo inteligível. Aristóteles segura a Ética e tem a mão na horizontal, representando o terreste, o mundo sensível.