Não sei se o significado encontrado no dicionário virtual se refere ao arrumador actual comum, ou àqueles homens aprumados que se encontram à entrada de um daqueles hotéis algo mais dispendiosos do que o aceitável para o homem comummente assalariado. Pelo sim, pelo não, é o arrumador do vulgo que se referencia neste post.
Pois bem, o arrumador do presente é aquele tipo de homem (na generalidade) que se encontra no meio da rua, i.e., como as prostitutas: cada um disputa por um lugar fixo. Agora lembrei-me! Até me admira ainda não haver o "proxeneta dos arrumadores"! Seria aquele espécimen sempre sóbrio que faria a negociação. Porque na verdade nos arrumadores existe sempre duas características comuns: ebriedade e toxicodependência avançada.
Ainda hoje estava a arrumar o carro no parque em frente ao Monumental, num dos VINTE lugares livres, mas lá estava ele, de jornal enrolado em punho como se se tratasse de um daqueles controladores com a sinalética na mão a indicar no meio da pista o caminho a seguir por um avião. Mas neste caso sem tanta veemência pois o jornal era agitado lentamente, sempre cara o chão.
Mas continuando, ao ver aquela amostra fiz o que faço sempre: franzi a cara como quem diz que não tem dinheiro numa tentativa de fazer com que desistisse do serviço mal prestado. Mas lá continuou ele, como continuam todos. Saí do carro, tirei a carteira da mala, abri o porta moedas e olhando para as minhas duas moedas de 1€, fiz de conta que não tinha nada, e disse-lhe que ficava para depois do café, que aí talvez já tivesse trocos. Ele como se tivesse sido contratado para alí estar disse-me: "pode ir, pode ir", como se estivesse de facto a ganhar o seu salário ao fim do mês, de forma tão convincente que me fez olhar para ele por segunda vez, hesitando umas fracções de segundo, até perceber a ridicularidade da situação.
Haverá uma nova conduta social? Estaremos limitados a tratar com graciosidade esta escória, sendo a punição por falta de conduta uns gastos extra em pintura para esconder o risco que nos fizeram no carro? É assim tão errado manda-los "à puta que os pariu" porque nos pedem dinheiro para além da roubalheira que os cabrões da EMEL nos pedem no parquímetro?
E por falar em EMEL...
Para quem usufrui das máquinazinhas, já repararam que os sacanas têm periodos mínimos de 30 minutos a cobrar, ora 28 cêntimos ora 31 cêntimos dependendo dos sítios. Mas também ja repararam que as máquinas não aceitam moedas de 1 e 2 cêntimos? Ora têm de pagar 30 cêntimos, ora têm de pagar 35 cêntimos, respectivamente. Não dão troco...
"De grão a grão, vai a galinha ao papo"
1 comentario:
EMEL e arrumadores, grandes manguitos para todos vocês ;-)
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