miércoles, mayo 24, 2006

Jót...maile

A dissertação que se segue tem a ver com o hotmail.

Nos primórdios dos seus tempos já o conhecedor "netómático" (um funcionário do meu pai) o usava. Eu como filha pródiga do meu progenitor e dedicada à causa fiz-me de bufo e imediatamente depois de ver (e depois de horas a cuscar o PC do senhor a pensar que já era croma em informática) o historial de sites visitados deparei-me com a palavra que de certa maneira pareceu-me ordinária: "Hotmail".

Ora só uns tempos mais tarde (já eu sabia criar pastas!) percebi que se tratava simplesmente de uma caixa de correio digital... UAU! Já não preciso de colar selos com saliva e esperar meses para ter uma resposta de volta! Sim! Porque só pelo facto de termos de ir comprar selo, entretanto esquecemo-nos de escrever a morada e temos de voltar a casa para ir procurar a morada à agenda de 1993 ainda com "hoje apareceu-me o período pela primeira vez" (com uns erros ortográficos pelo meio de uma caligrafía pirosa), a preguiça era tanta que se nos lembrássemos sequer de responder já era com muita sorte!

Mas isto para dizer que hoje, depois de tantos anos a utilizar um nick e uma password para a então e quase obrigatória (por causa do messenger) conta no hotmail cheguei à analogia mais entorpecida entre a lingua inglesa e a portuguesa. Então é do género:

-> Gajo muita bom: Olá! és muito gira! Adoraria saber o teu endereço electrónico para falarmos em tempo real antes de ter coragem para te convidar para uma cafézinho!

-> Eu: É p'ra já! O meu endereço electrónico é o "Bolacha sob pontuação maria no correio quente ponto com(e)" tudo em minúsculas!

... Não é por acaso que dizem que a língua portuga é traiçoeira...

sábado, mayo 20, 2006

Nos tempos que correm, quando nos sentamos ao volante de um automóvel transformamo-nos num sistema homem-máquina a funcionar num estilo simbiótico, onde o automatismo entra em ebulição no contraste, o que faz com que o homem deixe de funcionar racionalmente, e a máquina irracionalmente, para se conjugarem num comportamento de mestría e harmonía (os maçaricos não estão incluídos...).



A Boácha Maía é boa papuça pá quiancha!

Ao ir levar um amigo meu a casa (o Bu para os que o conhecem) parei num semáforo, olhei para o lado esquerdo e reparei numa loja de roupa que tinha de nome: PAPUÇA.

O nome parece daquelas palavras que os papás mais estúpidos ensinam aos petizes quando ainda estão a aprender a vociferar as primeiras palavras: "com'a chicha" ou "ké fajé óó". É normal que a criançada comece a falar como se tivesse algum tipo de atraso mental até a uma idade que o torna vergonhoso...

Adiante, como estava eu a contar, a palavra em questão ficaria lindamente incluida no rol de palavras infantis, exemplo?: "com'a papuça". Mas tratando-se de uma loja de roupa e supondo que a indumentária levasse a marca publicitada em letras garrafais numa caligrafia pirosa talvez com brilhantina à mistura, imaginem por exemplo uma t-shirt a dizer "Papuça", ou umas calças de ganga impresso na parte do rabo, ou mesmo até nuns boxers ou cuecas! Parece fazer alusão a uma frase que diría estando quase explícita do género: aqui há comidinha da boa!................