Indubitavelmente duvidoso de duvidar sobre tal verdade, antes dito. Paris deve estar a rodopiar na sua roda gigante como sempre, mas Lisboa traz o cheiro da Estónia que veio mas que vai voltar à origem. E a perda emerge de novo, e a saudade ataca prevalecente. Durarás para a vida como prometido? Será Londres ou Barcelona? Ou Estocolmo? Inter-rail ou inter-plane? Algures na Europa num autocarro? Ou todos juntos de novo? Em Budapeste ou na Grécia? Já falaste com o teu querido shaver? Espero que tenhas gostado de cá estar. Espero ver-te mais uns dias, semanas, meses ou anos, mas não, não de intervalo e sim de vivências. Dói voltar à mesma despedida. Tentarmos encasquetar a certeza na nossa cabeça de que isto não fica por aqui. Que vai acontecer de novo, até que as despedidas sejam "então daqui a umas semanas!" e onde as conversas passem de memórias a trivialidades acompanhadas de vinhos e cafés, falando de livros e daqueles dois tipos que passaram por nós bem giros, onde vamos jantar? Ligaste ao resto do pessoal?
Não deveria ser assim. Maior que a perda definitiva é a perda incerta.
Embora pareça o contrário, o desvanecimento provocado pelo tempo é a prova viva da fraca ligação que existiu. Mas também leva a perguntar-nos: "será que bastaria uma semana mais para isto não acontecer?", e a dúvida permanece ali, estática como se se tivesse optado por um caminho sabendo que o sinal apontava para o lado contrário. Faz parte, diz o acomodado. Mas fará mesmo? Ou será porque pelo facto de não se sumir tão facilmente queira dizer que devemos insistir? E então pensamos: é no fundo disto que se trata os nossos investimentos? Pessoas que mudam a vida de pessoas funcionando tudo numa única cadeia, como aquela teoría que diz que só estamos separados todos uns dos outros por sete pessoas no máximo.
Não deveria ser assim. Maior que a perda definitiva é a perda incerta.
Embora pareça o contrário, o desvanecimento provocado pelo tempo é a prova viva da fraca ligação que existiu. Mas também leva a perguntar-nos: "será que bastaria uma semana mais para isto não acontecer?", e a dúvida permanece ali, estática como se se tivesse optado por um caminho sabendo que o sinal apontava para o lado contrário. Faz parte, diz o acomodado. Mas fará mesmo? Ou será porque pelo facto de não se sumir tão facilmente queira dizer que devemos insistir? E então pensamos: é no fundo disto que se trata os nossos investimentos? Pessoas que mudam a vida de pessoas funcionando tudo numa única cadeia, como aquela teoría que diz que só estamos separados todos uns dos outros por sete pessoas no máximo.