sábado, noviembre 25, 2006

Indubitavelmente duvidoso de duvidar sobre tal dúvida. Parte V


Indubitavelmente duvidoso de duvidar sobre tal verdade, antes dito. Paris deve estar a rodopiar na sua roda gigante como sempre, mas Lisboa traz o cheiro da Estónia que veio mas que vai voltar à origem. E a perda emerge de novo, e a saudade ataca prevalecente. Durarás para a vida como prometido? Será Londres ou Barcelona? Ou Estocolmo? Inter-rail ou inter-plane? Algures na Europa num autocarro? Ou todos juntos de novo? Em Budapeste ou na Grécia? Já falaste com o teu querido shaver? Espero que tenhas gostado de cá estar. Espero ver-te mais uns dias, semanas, meses ou anos, mas não, não de intervalo e sim de vivências. Dói voltar à mesma despedida. Tentarmos encasquetar a certeza na nossa cabeça de que isto não fica por aqui. Que vai acontecer de novo, até que as despedidas sejam "então daqui a umas semanas!" e onde as conversas passem de memórias a trivialidades acompanhadas de vinhos e cafés, falando de livros e daqueles dois tipos que passaram por nós bem giros, onde vamos jantar? Ligaste ao resto do pessoal?

Não deveria ser assim. Maior que a perda definitiva é a perda incerta.


Embora pareça o contrário, o desvanecimento provocado pelo tempo é a prova viva da fraca ligação que existiu. Mas também leva a perguntar-nos: "será que bastaria uma semana mais para isto não acontecer?", e a dúvida permanece ali, estática como se se tivesse optado por um caminho sabendo que o sinal apontava para o lado contrário. Faz parte, diz o acomodado. Mas fará mesmo? Ou será porque pelo facto de não se sumir tão facilmente queira dizer que devemos insistir? E então pensamos: é no fundo disto que se trata os nossos investimentos? Pessoas que mudam a vida de pessoas funcionando tudo numa única cadeia, como aquela teoría que diz que só estamos separados todos uns dos outros por sete pessoas no máximo.

1 comentario:

pedro dijo...

Patita!! Hay que volver cielito.

Besazo,

p