Com o avanço da tecnologia e da efemeridade ideológica, o apogeu da lógica prima hoje em dia sobre a sensibilidade artística e literária. Os best-sellers já não promovem o rigor do idioma como fazia Camões, Shakespeare ou Cervantes, e sim uma linguagem básica e adequada sobre os problemas sócio-económicos para o leitor -prático e sempre informado- actual, não perder tempo em palavras doutas.
À medida que os anos passam, e em que um se adentra cada vez mais em conceitos científicos, torna-se perito nas matemáticas e nas físicas, mas vai porém embrutecendo à medida que a sensibilidade e subjectividade emocionais vão sendo trocadas pela objectividade lógica. O lado esquerdo do cérebro vai adormecendo para dar lugar ao reinado do lado direito do mesmo.
Eu assumo-o, visto que de tudo faço para manter a sinergia de ambas tendências, e quem sabe um dia, passe de ser apenas um conceito insigne para uma ideia práctica, envolvendo-me nalgum projecto pioneiro, quem sabe...
À medida que os anos passam, e em que um se adentra cada vez mais em conceitos científicos, torna-se perito nas matemáticas e nas físicas, mas vai porém embrutecendo à medida que a sensibilidade e subjectividade emocionais vão sendo trocadas pela objectividade lógica. O lado esquerdo do cérebro vai adormecendo para dar lugar ao reinado do lado direito do mesmo.
Eu assumo-o, visto que de tudo faço para manter a sinergia de ambas tendências, e quem sabe um dia, passe de ser apenas um conceito insigne para uma ideia práctica, envolvendo-me nalgum projecto pioneiro, quem sabe...
Escola de Atenas - fresco de Rafael Sanzio, com cerca de 7,7m na base, pintado entre 1509 e 1510 na Stanza della Segnatura sob encomenda do Vaticano.
A obra é um fresco em que aparecem ao centro Platão e Aristóteles. Platão segura o Timeu e aponta para o alto, sendo assim identificado com o ideal, o mundo inteligível. Aristóteles segura a Ética e tem a mão na horizontal, representando o terreste, o mundo sensível.
4 comentarios:
hum... por acaso grandes cientistas costumam dar grandes filósofos...
E os sentimentos? Somos especialistas xpto, conhecemos a tecnologia de ponta xyz, a técnica abc mas... somos cada vez mais analfabetos sentimentais. Faz-me lembrar um filme que vi algures no tempo em que um cientista poderoso, o melhor do mundo e de todos os tempos, foi vencido por uma criança que tudo o que teve de fazer foi dar-lhe um beijo na cara. O cientista, não sabendo o que aquilo era nem como reagir, desapareceu nas obscuridade e morreu.
Os sentimentos e as emoções são um última análise o que de mais pessoal e único temos. O saber pode ser replicado pelos demais, mas as emoções e sentimentos não. No limite serão essas as nossas armas para nos conseguirmos destacar dos outros.
Refiro-me especialmente a emoções que aparecem apegadas aos sentidos, por exemplo:
Enquanto atravesso a ponte sobre o Tejo, e à medida que o sol deixa o céu cor-de-rosa e as sombras dos prédios mais difuminadas, calha de vez em quando ouvir o cello de Bach (que vocês podem ouvir no meu blogue), e é o suficiente para me deixar com pele de galinha e com vontade de saltar do carro e desatar a voar.
Outro exemplo, a beber um bom vinho ao som de Carlos Paredes num espaço feito todo ele de pedra.
E que tal Yan Tiersen pelas ruelas de Lisboa? Ou os Sigur Ros a tocar Staraflur enquanto um nevoeiro denso faz de patamar da minha janela?
Ou então descobrir que apesar da antagonia, Basquiat e Yves Klein eram amigos. Ou sentar-me durante horas a fio nos sofas das livrarias a folhear livros da TASCHEN, ou a descobrir que aquele jazz de grafonola ainda hoje se arranja embora seja raro. E então aquelas fotografias a preto e branco, reveladas em papel mate com a moldura branca?
São esses detalhes impalpáveis que tomam corpo em reacções físicas, que nem a ideia mais lógica poderia proporcionar ao ser humano mais "Einstein" na mesma medida, rectifico, em medida alguma.
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