miércoles, abril 19, 2006

Bolacha Maria musicalmente indignada

Mas quais direitos de autor?! Temos direito sim senhor de descarregar músicas ao nosso gosto! O problema é que uns quantos ciganos aproveitam para andar a vender aos mais leigos nestas "coisas que têm uma janela que manda luz".

Os direitos que vocês autores têm passa pelo vosso mérito. Se são bons, vendem, se não, experimentem outra área, ou pensam que o Picasso pintou o Guernica com o intuito de o vender por uma exorbitância para comprar um Jeep, uma viagem ao Brasil ou fazer umas injecçõezinhas de Botox? Está bem que vocês precisam das alcoviteiras para vos gerir o negócio, que de artes e ofícios só se ficam pela primeira. Mas aqui o problema nem está em vocês, que quando pensam que até estão a ganhar uns trocos extra, as vossas "gerentes" ganham o triplo.

Vejam lá se percebem isto: a música é uma das 7 artes (se bem que eu acho que a cozinha deveria ser a 8ª), engendrada a partir das nossas entranhas, memórias, sentimentos e emoções, tal e qual como um bom quadro, ou um bom filme, ou um bom livro. O problema é que hoje em dia qualquer "bardajona" se lembra de se tornar pop star porque se apercebeu que gosta de cantar em frente ao espelho da casa de banho, gosta de se vestir à pirosa e já que não entra nos Morangos com Açúcar, tenta apostar nos Ídolos. E o mais giro é que as produtoras agradecem! Sempre e quando o mancebo não saiba mais do que ler (nem precisa de ter muita voz que as "mixers" dão conta do recado), tenha um corpinho capaz de activar a líbido dos mais incautos e saiba imitar coreografías ridículas.

A obtusidade de tais exigências passam também pelo facto de, ao quererem acabar de vez com qualquer tipo de download poderiam baixar os preços dos CD's, mas a Lei mais-do-que-básica da Procura e da Oferta dita que, uma vez que a procura por CD's começasse a aumentar, o preço da oferta também subiria, e uma vez estabelecida uma lei e uma vez que as productoras começassem a ganhar ainda mais do que antes da sua diabólica crise, deixariam cair no esquecimento que outrora teriam proposto a descida de preços.

Para além do mais, eu mesma tive (agora já não que ainda recebo um cheque de 5 mil moedas em casa! ;) ) a experiência de fazer downloads ao desbarato no intuito de encontrar o que procurava e acabava sempre por ouvir coisas novas, de grupos novos. De música clássica, por exemplo, os meus conhecimentos alargaram substancialmente, porque por ter começado a procurar e "downloadar" acabei por perceber de quem era o quê e o quê era de quem. E de certo aconteceU o mesmo com todos vocês!

Queridos e queridas artistas, se se empenharem num bom álbum, eu sou a primeira a comprá-lo, seja a que preço for. Não seria nem a primeira nem a última vez que o faria...

martes, abril 18, 2006

Bolacha Maria descobre que o ar atravessa pelos seus diminutos buracos

Quer dizer que a fragilidade existe mesmo? Quer dizer que somos constantemente desafiados a quebrar? Quer dizer que se quebrarmos temos de voltar a colar tudo de novo e de preferência tudo perfeitinho para que não volte a quebrar naquele sitio? Pelo menos naquele sitio! A infinidade de sitios que ficam por quebrar deixa-nos a vida toda pela frente a correr o risco de quebra. E se de repente nada se quisesse quebrar? Nada se cozinharia! E tudo morreria à custa da ausência de sacrifício, aquilo que traduzido para humanos significa a ausência de medo, presença de esperança, ausência de egoismo, presença de altruismo, ausencia de ansiedade, presença de paciência e preserverança.

jueves, abril 13, 2006

Já mudei de música! Ufa! Não conseguia parar de dizer coisas "indubitavelmente duvidosas", mas no fundo o que queria explicar era precisamente isto, no meu primeiríssimo post o que escrevi foi precisamente o que vos demonstrei posteriormente: mudei alguma da minha trouxa do MSN Spaces para este blog debutante. Pressa por vos mostrar o meu mundo? Não caros leitores, mas sim pena por deixar para trás o que são, na minha opinião, textos ou dissertações excêntricas que não deveriam cair no esquecimento, no lixo virtual.

Mas também "me hace muchísima ilusión" dar-vos a conhecer, caros desconhecidos e eventualmente interessados leitores, um pouco mais das minhas alarvidades pseudo-intelectualóides. O cabeçalho de cada "Parte i", i E {1,2,3,...,oo}, corresponde pois a uma secção que eu mantinha no espaço anterior: "Indubitavelmente duvidoso de duvidar sobre tal dúvida".

Bolacha Maria afogada em Vodca de pimenta

Ao som da valsa #2 de Chopin arco harmonia, leveza do ser cognitivo, consciente ofuscado por luminosidade incandescente do mais além dos sonhos, onde teclas são substituidas pelas de um piano, ébrio que cambaleia de um lado ao outro no bosque de notas, e entre tantas metáforas néscias a objectividade desta dissertação é perdida no sentimento anafado que a melodia entranha nas mais obscuras cavidades da massa encefálica, provocando tempestades que encharcam de pesar e simultâneamente de doçura o frágil coração, mas que insensatez tamanha que me proibe de alcançar o cerne da questão e que me inibe de me vergar perante a minha dona, humildade chama-se assim ao meu eu maior, aquele que deixa a esteira do meu barco desvanecer pacificamente, mas não! não desvaneças já! diz a escrava que tenta lutar para que o navegar do barco finde nem que seja por breves momentos, estagnados a beijar o céu inerte, ali, a olhar por nós.

Indubitavelmente duvidoso de duvidar sobre tal dúvida. Parte II

Esquerda Empreendedora

Ao ter acordado cedo na passada terça feira pude ligar a rádio e ser imediatamente bombardeada com as novidades do dia acabadinhas de sair. Não sou muito fã de ouvir a TSF ou Antena 1 para por logo ao despertar a minha cabeça a andar à roda (já basta estar quando me deito), prefiro ficar a molengar na cama e depois ligar o rádio (isso é que não escapa!) para ouvir boa música numa Oxigénio, numa Marginal, numa Ant3na ou numa Radar para começar a entrar no ritmo ao som da água a correr.

Mas vamos ao que concerne ao leitor duvidoso. De vez em quando a Oxigénio também lá vai passando a actualidade e lá deu inicio naquele dia a uma notícia: curta, concisa e quase como se se vissem obrigados a dizer aquilo por amor à camisola, lealdade até à morte. Diziam que o Bloco de Esquerda pediu para que se findassem os preparativos de adaptação universitária ao processo de Bolonha visto ameaçar o emprego de alguns professores que só passariam a ter contrato de 1 ano. Claro está! Não voltei a ver esta ideia obtusa em mais nenhum jornal, de papel ou televisivo. Depois queixam-se de que não têm peso nenhum no governo e que não os levam a sério, quem poderia?

Um partido auto-assinalado de intelectual, que promove a propagação cultural e étnica, discussões sempre com conteúdo artístico e/ou filosófico, tertúlias em ambientes bohémios, leituras de Sartre ou Goethe em ambientes de cachimbos e vinho tinto ao som de um jazz do Miles Davis.

Então expliquem-me o que teriam vocês de melhor do que gerações vindouras que não fossem somente portuguesas e sim europeias, a partilhar ideias acerca de tudo o que diz respeito a arte, arquitectura, conflitos bélicos e políticos do continente com a civilização mais antiga do mundo? Mas não, preferiram apelar à vossa frouxa crítica porque se lembraram da minoría que pode sair perjudicada. Uma minoría que é a vossa maioría.

Se não se dedicassem a tirar cursos que pessoas tão bem informadas como vocês sabem que não têm lá muita saída e onde qualquer tipo de inovação vos mete no olho da rua, se calhar não precisavam de se meter todos no ofício de mestre que é o único que uma licenciatura em filosofía ou história da arte da idade da pedra vos oferece! (24 de Febrero)


Indubitavelmente duvidoso de duvidar sobre tal dúvida. Parte I

Arte nas ciências ou ciência na Arte?

São 4:12 a.m., hora vista aqui no canto inferior direito do monitor. Cheguei agora a casa de outro dia exaustivo de estudo. Não tarda tenho uma morte parecida com a de Lenin que morreu depois de estar 8 dias seguidos a escrever!

Ando embevecida por outra banda musical que me foi apresentada há dois dias atrás: os Kings of Convenience, e é neles que assenta a minha inspiração para a divagação desta madrugada sem sono (tenho de estar acordada daqui a exactamente 5 horas e 15 minutos...). Então vamos ao sumo da questão:

Enquanto estava a estudar fluxos combinados com integrais triplos e superficies de rotação ocorreu-me que uma vez vi um documentário que falava da Arte combinada com ciência. Por exemplo: cada metro quadrado da catedral de Nottre Dame pode ser traduzido em equações que por sua vez podem ser traduzidas em notas musicais pelo que de alguma forma vai originar uma partitura tão complexa, longa e melódica como uma de Bach ou Mozart ou Shubert... Lá está: ciência na Arte. A seguir lembrei-me da referência que a Taschen faz num dos seus livros de arquitectura que diz que a partir do século vinte, tal ciência passou a der considerada uma Arte, porque para além de procurar adaptar-se ao utilizador (dificuldade acrescida à subjectividade artística), procura um sentido (ou ausência dele) na forma, uma simbiose entre a natureza e os materiais usados (ou re-utilizados). Ciência na Arte de novo!

Enfim, até eu a desenhar cones com cortes, parábolas que ao rodar geram taças, etc., consigo sempre encontrar a porcaria da equaçãozinha que me encontra qualquer tipo de área ou que me explica o porquê daquilo ser criado assim e não assado... E então os números complexos??? UI! Isso então....! Arte nas ciências! ou será que é ao contrário? Ou será que fiz mal a analogia? Whatever! A literatura é uma Arte, apesar de esta ser uma literatura muito pobre (por certo!) não deixa de se poder interpretar ao gosto do freguês!

Até próximos excertos excêntricos (indubitavelmente duvidosos de duvidar)! (9 de Febrero)

miércoles, abril 12, 2006

Bolacha Maria fala dos seus amores


Peçoal! Eu cá naoum fasso erros de órtógrafía de porupózito! U próblêma é que de facto gosto de escrever no bom português. Então se a Real Academia Espanhola aprova o uso da palavra "esmoquin" na escrita corrente (e atenção! chegou mesmo a aparecer no rodapé do ecrãn num desses programas cor-de-rosa dum canal privado espanhol(!)), como é que eu não poderia traduzir esta palavra russa ao bom português, fora as linguagens virtuais ("kualker koisa kom kapa" ou "xobre tudo axim") e sem perder o seu significado original. Sim! Porque falta aqui qualquer coisa... Ah! Explicar o significado de "esmoquin": em inglês escreve-se "smoking", e designa um fato preto, onde o laço substitui a gravata, e que sai da traça para ser arejado em galas.

Anyway, "vodka" soa-me muito a brand mark. No entanto "vodca" parece-se mais àquele destilado de cereais que nos servem num bar quase às escuras, que pode ser de qualquer marca porque nem sequer lhes distinguimos o sabor como aos vinhos. E se já estão perdidos no espaço temporal nocturno, até vos podem servir aquela do LIDL que tem um caixão no rótulo porque a vossa única preocupação é ter o copo cheio...

Para quem quiser alargar o seu leque de sabedoria: www.clubedavodka.com.br

Excursão ao CCB. Tequilla por Vodca.

Estou a programar ir ver a exposição da Frida Kahlo por 2ª vez. Soube hoje que o filme vale muito a pena ver, por isso tenho de lá voltar, assim também aproveito para me despedir talvez definitivamente daquelas telas...

Os bilhetes são a 5€ cada mas se levarem cartão de estudante (para quem tenha) fica a 2,5€, e se comprarem um passe com as outras duas exposições (uma de design e a BES Photo) se estiverem interessados e acharem que vale apena fica ainda mais barato.


No que diz respeito à exposição, pareceu-me curta e enganadora, visto que disseram que estariam "varios" objectos pessoais da artista expostos quando o único que havia (e nunca tirando valor e apreciação ao que estava exposto) eram tres vestidos e o seu diário. Dos 200 quadros estavam 26, poucos dos mais importantes (que pena!), e diga-se de passagem que estão muito mal iluminados, e tendo em conta que a maioria das telas são pequenas e cheias de minuciosidades relevantes, era imperativo aprimorar na iluminação. No entanto consegui saciar algum do meu enorme desejo de ver ao vivo a obra pintada pela mão da artista. As fotos são em grande quantidade pelo que serviu para compensar alguma da desilusão.

Fora isto, adorei como qualquer criança que pouco ou nada tem e que se contenta com um simples carrinho de madeira artesanal. A minha paixão pela obra e vida da pintora torna irrelevante qualquer que seja a crítica grosseira e cinzenta.

Podem comprar o guia que custa 2,5€ ou levar o vosso livro da TASCHEN de casa, embora ache importante darem uma boa leitura antes de se aventurarem a precorrer as páginas do mesmo para trás e para a frente cinquenta vezes.

Bolacha Maria e o seu primeiro mergulho em Vodca Tangerina

Pois é amigos, aqui estou eu de novo a dar o ar da minha graça por outras bandas. É que gostei muito de ter criado aquele Space do MSN, mas por causa da porcaria do meu firewall não consigo meter para lá fotos, e por isso decidi fazer mudanças para outro bairro. Mas não pensem vocês que venho para aqui mostrar-vos as minhas parveiradas! Desta vez quero que se esforcem um bocadinho mais, e em vez de irem directamente cuscar fotos, quero que parem para vislumbrar a literatura por excelência - a minha, condecorada com requintes de estupidez, regada com filosofía barata e com taquicardias de pseudo-intelectualidade.

Como é o meu primeiro post, deixo-me de devaneios, ficando só "a modos" de vos dar as boas vindas!